"As mudanças climáticas estão causando um impacto real na vida de indivíduos e comunidades no mundo todo. Nós temos que fazer algo sobre isso." Com essa frase, Kofi Annan abriu seu discurso de mobilização da sociedade para pressionar os líderes mundiais a fecharem um acordo robusto pelo clima em mais uma conferência, a COP 15. Foi em 2009.
O tempo de tomar a decisão já tinha chegado. As cidades já estavam assando, o gelo já estava derretendo, já era urgente agir. Era ainda viável e menos difícil que agora. E os líderes mundiais falharam em nosso nome.
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sexta-feira, 12 de junho de 2015
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Dê play antes de ler e entre no clima
"As mudanças climáticas estão causando um impacto real na vida de indivíduos e comunidades no mundo todo. Nós temos que fazer algo sobre isso." Com essa frase, Kofi Annan abriu seu discurso de mobilização da sociedade para pressionar os líderes mundiais a fecharem um acordo robusto pelo clima em mais uma conferência, a COP 15. Foi em 2009, o tempo de tomar a decisão já tinha chegado. As cidades já estavam assando, o gelo já estava derretendo, já era urgente agir. Mas, os líderes mundiais desperdiçaram a oportunidade. Era ainda viável e menos difícil que agora.
Não faltou conferência, faltou ousadia. Não faltou alerta, faltou a tomada da decisão. Não faltaram estudos, faltou ação. E o tempo passou. Depois da COP 20 em Lima [Peru], vamos para 2015 com a obrigação de somar grandes esforços para reduzir as emissões dos gases do efeito estufa e tentar que o aumento da temperatura no planeta não seja maior que 2 graus Celsius.
A COP 21 merece uma mobilização sem igual das sociedades. Que sejam acordados entre as nações esforços e cooperações, porque temos pouco tempo. Precisamos agir, e é já.
Pioramos nossa situação nos últimos anos, destruindo numa velocidade e numa violência monstras o mundo em que vivemos. Batemos recordes seguidos de altas temperaturas, cada ano mais quente que o anterior. Claro, continuamos despejando na atmosfera CO2, metano, e muitos outros gases, acumulando emissões, como se não respirássemos essa poluição toda, como se não nos fizesse mal algum nem matasse. Como se não estivéssemos aquecendo demais o planeta, como se já não fosse extremamente grave.
Pois é. E tudo na farsa de um bem estar, na realidade para poucos, baseado no consumo e no descarte compulsivos de coisas que não nos beijam, não nos transmitem amor, não são sequer necessárias, e que são feitas com recursos naturais que acabam. Ignoramos o meio ambiente. Estamos esgotando os recursos da natureza, que são provedores de toda a vida, para produzir mais e mais coisas desse jeito estúpido, desmatando, contaminando águas, solos, ar, alimentos, nos poluindo, gerando lixo em demasia, extinguindo de animais a plantas e também as condições favoráveis de existirmos. Somando tudo, inclusive a desigualdade social que mantém lugares e serventias de pobres e ricos, detonamos nossa saúde, viralizamos doenças no corpo, no coração e na mente.
Somos a sociedade de consumo que precisa deixar de ser isso [global e localmente], destruidora, degradante, desperdiçadora, fútil, hostil à natureza. Insistimos em colocar a economia à frente da pessoas e do meio ambiente, a qualquer custo, sem limites, forjamos uma normalidade insana [a propaganda de um mercado insustentável embutida na publicidade de produtos e serviços e de serviços jornalísticos] de alienação, distanciamento da natureza e substituição de afetos por coisas. E isso deu tão ruim que aceleramos alterações na natureza que normalmente ocorreriam somente daqui a milhões de anos. É a nova era que inventamos, de uma interferência matadora, o Antropoceno.
A mudança é o nosso destino, mudar práticas, mudar hábitos, mudar importâncias e prioridades da humanidade, mudar o rumo da civilização. Perceber a vida, enxergar os outros, dar valor ao que importa, seguir no sentido da sustentabilidade. Tictactictatictactictactictac...
Não nos falta poder, precisamos de escolha. E vamos precisar de todo mundo, se queremos o futuro. Ou preferimos "quebrar tudo" por aqui para produzir, vender, comprar, ostentar e jogar fora coisas que não valem mais que a vida?
Os líderes mundiais têm falhado em nosso nome. Estamos todos no atraso. O aquecimento está ligado. Não tem mais volta. Nós temos que agir. Faça a sua aliança com o clima, por você, pela sua família, faça no presente para o futuro.
Por isso que recomendamos que você desse play antes de começar a ler. Beds Are Burning é a canção do Midnight Oil que foi adaptada para a campanha TicTacTicTac lá em 2009 e cantada por mais de 60 artistas em defesa da justiça climática. A mensagem está mais atual que antes, as cidades continuam assando.
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Imagem capturada do vídeo de Beds Are Burning |
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quinta-feira, 28 de maio de 2015
Fotos "quentes"? Não, meu bem, quente está o planeta, e a culpa é nossa, não piora as coisas...
A Índia está passando por uma onda de calor, não é um fenômeno isolado do que ocorre em todo o mundo. Aumentamos a temperatura do planeta e estamos sentindo os efeitos. Negar ou fazer gracinha com o maior desafio da humanidade não ajuda em nada, ao contrário. O calor excessivo na Índia já causou a morte de mais mil pessoas, não é brincadeira. Mas, ainda tem gente que acha que pode brincar com um fato grave apenas para faturar mais cliques, é o sensacionalismo da ignorância.
O exemplo grotesco disso é o título da notícia no portal Exame: "12 fotos "quentes" que mostram o calor infernal na Índia". Quaquaquaquaqua, que engraçadinho, só que não. Jornalistas precisam atualizar seus conhecimentos para não divulgar ignorâncias próprias e, antes de pensar no título clicável, deveriam lembrar da responsabilidade que carregam nessa labuta que é o serviço de produzir informação. Nesse caso, o peso da responsabilidade é grande, porque o mundo está derretendo, não temos mais tempo a perder, muito menos com firulas e interesses pequenos de audiência ou de glamourização própria.
A ignorância é tanta que não conseguimos fazer a relação entre o calorzão na Índia e o calorzão aqui mesmo, no Brasil. O Inverno aqui esse ano vai ser mais quente, como foi ano passado, porque o aumento das temperaturas tem batido recordes seguidamente. 2014 foi o ano mais quente desde o início das medições das temperaturas globais, no final do século 19.
A foto do asfalto derretendo na Índia está correndo o mundo. Pois o asfalto também derreteu nesse Verão no Rio de Janeiro [e nós registramos]. Sabe por que? Porque a natureza não tem fronteiras, aquecemos o planeta sem parar, estamos assando feito bolo no forno alto. Tem graça isso? Tictactictactictactictac...
Fotos { Asfalto derretendo, no Estácio, Rio de Janeiro, 22/01/2015, de Beatriz Carvalho Diniz
[Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 3.0 Brasil - Faça bom uso sem fins comerciais]
O exemplo grotesco disso é o título da notícia no portal Exame: "12 fotos "quentes" que mostram o calor infernal na Índia". Quaquaquaquaqua, que engraçadinho, só que não. Jornalistas precisam atualizar seus conhecimentos para não divulgar ignorâncias próprias e, antes de pensar no título clicável, deveriam lembrar da responsabilidade que carregam nessa labuta que é o serviço de produzir informação. Nesse caso, o peso da responsabilidade é grande, porque o mundo está derretendo, não temos mais tempo a perder, muito menos com firulas e interesses pequenos de audiência ou de glamourização própria.
A ignorância é tanta que não conseguimos fazer a relação entre o calorzão na Índia e o calorzão aqui mesmo, no Brasil. O Inverno aqui esse ano vai ser mais quente, como foi ano passado, porque o aumento das temperaturas tem batido recordes seguidamente. 2014 foi o ano mais quente desde o início das medições das temperaturas globais, no final do século 19.
A foto do asfalto derretendo na Índia está correndo o mundo. Pois o asfalto também derreteu nesse Verão no Rio de Janeiro [e nós registramos]. Sabe por que? Porque a natureza não tem fronteiras, aquecemos o planeta sem parar, estamos assando feito bolo no forno alto. Tem graça isso? Tictactictactictactictac...
[Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 3.0 Brasil - Faça bom uso sem fins comerciais]
quarta-feira, 27 de maio de 2015
Enquanto houver árvore...
Quando a tarde cai, os pássaros vão se reunindo para seguir destino. E fazem festas no ar, voando entre as árvores e preenchendo com seus sons o fim do dia claro. Parece que conversam sobre tudo que fizeram no dia.
Nas cidades, com as pressas que temos, não dá tempo de perceber como a vida está em movimento, como há vida independente de nós, do que queremos, do que fazemos. Mas, você pode ouvir em qualquer rua arborizada, sempre à tardinha, os passarinhos cuidando da vidinha deles com o maior e melhor recurso já inventado neste mundo: o instinto. E ao olhar para o céu, em algum momento dessa transição para a noite, você vai ver que voam juntos numa sincronia espetacular. Os pássaros sabem o rumo que vão tomar, sem discussões ou corrupções.
No dia seguinte, quando mais uma tarde cair, os pássaros vão se reunir entre as árvores para seguir destino, vão fazer festas no ar e preencher com seus sons o fim do dia claro, anunciar que noite está chegando. Enquanto houver árvore vai ser assim, como tem de ser.
Nas cidades, com as pressas que temos, não dá tempo de perceber como a vida está em movimento, como há vida independente de nós, do que queremos, do que fazemos. Mas, você pode ouvir em qualquer rua arborizada, sempre à tardinha, os passarinhos cuidando da vidinha deles com o maior e melhor recurso já inventado neste mundo: o instinto. E ao olhar para o céu, em algum momento dessa transição para a noite, você vai ver que voam juntos numa sincronia espetacular. Os pássaros sabem o rumo que vão tomar, sem discussões ou corrupções.
No dia seguinte, quando mais uma tarde cair, os pássaros vão se reunir entre as árvores para seguir destino, vão fazer festas no ar e preencher com seus sons o fim do dia claro, anunciar que noite está chegando. Enquanto houver árvore vai ser assim, como tem de ser.
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Foto { Reunião na árvore, Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, 2015, de Beatriz Carvalho Diniz [Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 3.0 Brasil - Faça bom uso sem fins comerciais] |
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terça-feira, 26 de maio de 2015
Cuide das árvores e continue respirando...

A delicadeza da natureza é encantadora. A pequena folha que brota vai nos fazer muitos favores até que amarele e caia do galho em que vai morar toda a vida. A folhinha de uma árvore nos ajuda a respirar e cumpre essa responsabilidade sem precisar de patrão. Nem notamos mais tudo que está vivo por aqui e nos ajudando a estarmos vivos também. E é tudo que realmente tem valor.
Foto { A vida brota, Rio de Janeiro, 2015, de Beatriz Carvalho Diniz [Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 3.0 Brasil - Faça bom uso sem fins comerciais]
Na cidade do Rio de Janeiro
O que fazemos com a riqueza que nos faz tão bem?

A insistência da natureza é incrível. Brotam do toco novos galhos para a árvore que foi cortada. As árvores nas cidades parecem atrapalhar calçadas, fiações, construções. Não é bem assim. As árvores nos dão sombra, limpam o ar que poluímos e nos devolvem oxigênio para respirarmos e estarmos vivos, nelas nascem frutas e flores, delas saem seivas que curam, suas cascas também uma riqueza para nos fazer bem. O destino das árvores é buscar o céu, já suas raízes fazem mágica no solo, são muito amigas das águas boas de beber.
E o que fazemos? Cercamos as árvores de cimento, podamos seu crescimento, jogamos lixos, fazemos furos. Retribuímos deixando que adoeçam, daí cortamos, largamos o toco ou arrancamos pela raiz e nem notamos o bem que nos fazia e a falta que nos faz.
Foto { Brotando do toco, Rio de Janeiro, 2015, de Beatriz Carvalho Diniz [Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 3.0 Brasil - Faça bom uso sem fins comerciais]
Na cidade do Rio de Janeiro
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Você e o tornado
Você passa pela rua e nem dá bola para a árvore.Você nem se dá conta de como estamos cimentando a natureza e criando um ambiente impossível de nos garantir a sobrevivência. Você nem liga para o fato de que é a natureza que nos mantém vivos. Aí vê a noticia sobre um tornado e compartilha na sua rede social como se ele fosse o sujeito responsável por destruições e mortes. Nós é que destruímos e matamos tudo que está vivo por aqui, inclusive gentes.
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Primavera na Ladeira, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 2015, de Beatriz Carvalho Diniz [copyleft, faça bom uso sem fins comerciais] |
terça-feira, 21 de abril de 2015
Somos matadores de árvores?
Tinha uma árvore no caminho, era a única naquela calçada. Foi cortada, ficou o toco. Depois seu toco foi retirado, ficou o buraco na calçada. E então a prefeitura mandou cimentar o buraco, não vai plantar outra árvore no lugar. Ficamos sem mais uma sombra e sem a tecnologia de limpeza do ar, bem poluído na cidade chamada de maravilhosa.
Cortar árvores no Rio de Janeiro virou uma prática corriqueira, a solução para anos e anos de descuidos e desprezos. As árvores ficam doentes, morrem. Então, manda cortar! Mas, isso não significa que as árvores ainda sadias passaram a ser cuidadas para não ficarem doentes nem morrerem.
Não curtimos as árvores como curtimos as boçalidades e futilidades que fazemos circular nas redes sociais. Mas, boçalidades e futilidades não garantem a limpeza do ar, não nos dão frutas, não são nem um pouco tecnológicas. As árvores sim fazem isso, de graça, como uma gentileza para nós, uma generosidade da natureza para a nossa vida.
Mas, quando são cortadas, as árvores liberam todo o gás carbônico que capturaram durante sua vida. Nem percebemos, ignoramos. E assim viramos matadores de árvores...
Cortar árvores no Rio de Janeiro virou uma prática corriqueira, a solução para anos e anos de descuidos e desprezos. As árvores ficam doentes, morrem. Então, manda cortar! Mas, isso não significa que as árvores ainda sadias passaram a ser cuidadas para não ficarem doentes nem morrerem.
Não curtimos as árvores como curtimos as boçalidades e futilidades que fazemos circular nas redes sociais. Mas, boçalidades e futilidades não garantem a limpeza do ar, não nos dão frutas, não são nem um pouco tecnológicas. As árvores sim fazem isso, de graça, como uma gentileza para nós, uma generosidade da natureza para a nossa vida.
Mas, quando são cortadas, as árvores liberam todo o gás carbônico que capturaram durante sua vida. Nem percebemos, ignoramos. E assim viramos matadores de árvores...
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Foto Menos uma árvore, no Estácio, Rio de Janeiro, 2015, de Beatriz Carvalho Diniz [copyleft, faça bom uso sem fins comerciais] |
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Manoel de Barros { Árvore
"Um passarinho pediu a meu irmão para ser uma árvore.
meu irmão aceitou de ser a árvore daquele passarinho.
No estágio de ser essa árvore, meu irmão aprendeu de sol,
de céu e de lua mais do que na escola.
No estágio de ser árvore meu irmão aprendeu para santo
mais do que os padres lhes ensinavam no internato.
Aprendeu com a natureza o perfume de Deus.
Seu olho no estágio de ser árvore, aprendeu melhor o azul.
E descobriu que uma casa vazia de cigarra, esquecida no tronco das árvores só serve para poesia.
No estágio de ser árvore meu irmão descobriu que as árvores
são vaidosas. Que justamente aquela árvore na qual meu irmão
se transformara, envaidecia-se quando era nomeada para o
entardecer dos pássaros e tinha ciúmes da brancura que os
lírios deixavam nos brejos.
Meu irmão agradecia a Deus aquela permanência em árvore
porque fez amizade com as borboletas."
Manoel de Barros
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Gratidão pela sombra, Rio de Janeiro, 2015, de Beatriz Carvalho DIniz [Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 3.0 Brasil - Faça bom uso sem fins comerciais] |
terça-feira, 14 de abril de 2015
Quanta gentileza...
Plante uma árvore no seu coração. Cultive florestas na sua mente. Pense antes de fazer suas escolhas de consumo, porque nas suas escolhas está o seu poder de condenar o desmatamento nas florestas brasileiras. Grilagem de terras, desmatamentos e violências estão embutidos na carne, na soja, no algodão, na madeira. Você decide comprar ou não. Você decide pagar ou não pela destruição dos seres tecnológicos que limpam o ar que respiramos, capturando os gases que nós emitimos e nos devolvendo o oxigênio que tanto precisamos. Quanta gentileza...
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Foto montagem Árvore nos ladrilhos, Rio de Janeiro, 2015, de Beatriz Carvalho Diniz [Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 3.0 Brasil - Faça bom uso sem fins comerciais] |
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