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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

As crianças, as placas e o tal do legado na cidade olímpica

A 1 ano dos Jogos Olímpicos crianças e jovens passam o dia à toa na área do Metrô do Estácio em frente da Empresa Olímpica, a cidade do Rio continua a ignorar que estão fora da escola e sob o risco grave de aliciamentos.
 Ah, isso não tem nada a ver. Tem sim! Uma placa que custa quase 30 mil reais e tomba na primeira batida não é mais importante que a vida e os direitos de crianças e adolescentes, mas, as placas são "legado" de modernidade e estão sendo instaladas.

É mais barato ligar para o Conselho Tutelar e informar que crianças e jovens estão de bobeira, mas, quem liga? Nem mesmo os profissionais que passam todos os dias pela área do Metrô, e são abordados pelas crianças que pedem dinheiro, são capazes de enxergar que tem uma ação de integração da Empresa Olímpica com seu entorno gritando bem ali na frente.

Para o prefeito Eduardo Paes, a Olimpíada serviu para tornar a cidade mais integrada e mais justa. Beleza, mas, legado não é só obra. Nem basta fazer um comercial tipo descoladinho, com lindas imagens e um narrador dizendo que "Ninguém sai do lugar fazendo sempre as mesmas coisas, do mesmo jeito", para as coisas serem feitas de outros jeitos.
Mudar o olhar, enxergar os outros e seus direitos negados, facilitar ações e prevenções, isso também seria legado.

 A placa do "legado" depois de uma batida. E o que sobrou na calçada...


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Iogurte sem conservantes nem corantes, como pode?

Se dá para fazer iogurtes sem corantes e sem conservantes, por que ainda fazem e nos vendem com corantes e com conservantes? Porque você compra. Simples assim. A sua escolha de consumo tem poder. E você poderosa ajuda todo mundo a ser mais sustentável, especialmente a sua família.
Sustentabilidade nos demostra que temos escolhido o pior de nós e nos comprova que sempre podemos escolher o melhor de nós. É através de decisões econômicas que sacamos as comprovações do melhor de nós e as demonstrações do pior de nós.

Muito tempo atrás, iogurte era puro leite fermentado. Foi considerado medicinal no início do século XX. O aumento no consumo do iogurte no mundo começou na década de 1960, por causa das melhorias no processamento e do reconhecimento das qualidades nutritivas e terapêuticas. Atualmente, entre tantas marcas e linhas, o que tem em comum é a decisão de nos vender corantes, aromatizantes, espessantes, emulsificantes, estabilizantes e saborizantes junto com iogurte. Nós compramos e assim validamos a conduta das empresas em produzir o pior e não o melhor para nós.

Na hora de comprar, a decisão é nossa. Nosso poder de escolha influencia quem toma as decisões econômicas: os empresários que nos vendem produtos piores ou melhores. Use e abuse do seu poder de escolha!

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Coloque amor na sua decisão de consumo, não dê trabalho infantil de presente...

O Dia Mundial contra o Trabalho Infantil é em 12 de junho, só que não é uma data comercial como o dia dos namorados, então, não tem comercial na televisão, no rádio, na internet nem em jornais e revistas. Talvez você até tenha comprado um presente que foi feito às custas da exploração de crianças. E se comprou, você validou, aceitou que crianças trabalhem para que você presentie o seu amorzão. Mas, você pode evitar essa validação da conduta reprovável de empresários que produzem e faturam com trabalho infantil. Vem aí o dia dos pais, mais uma data com forte apelo para o consumo. Então, coloque amor na sua decisão de consumo, escolha melhor na hora de comprar e não dê trabalho infantil de presente...
Veja porque { http://www.contioutra.com/20-imagens-de-trabalho-infantil-que-o-deixarao-sem-palavras/

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Acredite: + 1 na escola, - 1 no crime


"Nenhum dos três é inocente", diz seu Pezão, o governador do estado do Rio, sobre o engano que se "descobriu" em relação ao acusado de esfaquear o médico ciclista na Lagoa. A delegacia de homicídios tinha encerrado o caso depois de apresentar um jovem de 16 anos como autor do crime. Pois bem, outro jovem também de 16 anos confessou participação no crime, inocentou o rapaz acusado e identificou como o esfaqueador um adolescente de 15 anos que já estava detido.
Não é assim que se faz quando se quer confiança da sociedade. Arrumar um bode espiatório para dar uma resposta que pareça satisfatória, na verdade, quer dizer que não há intenção em responder aos problemas com as soluções devidas. O seu Pezão acha que a solução é o legislativo e a justiça alterem o código penal para que menores infratores sejam punidos. Está errado, está transferindo responsabilidades, jogando para a torcida, desviando sua figura do foco. Não faltam punições para jovens infratores, o que falta é governadores e prefeitos cumprirem a lei e garantirem as estruturas para que o sistema funcione e recupere, reeduque, prepare para a vida produtiva, desperte habilidades e empatias.
Os governadores do Rio não são inocentes nessa velha história da violência no estado e da captação de crianças e adolescentes por criminosos. E antes de julgar quem quer que seja, o seu Pezão devia tomar uma boa de simancol. Então, por favor, em qualquer lugar do Brasil em que você more, acredite: + 1 na escola, - 1 no crime!
A redução da maioridade penal não resolve o problema da violência nem aqui nem na conchinchina. O que resolve é exatamente o que não é feito e precisamos exigir que seja, investimentos nas estruturas previstas em lei para punir jovens infratores e nas políticas públicas que previnem envolvimento de crianças e adolescentes com o crime. Saiba mais, entenda melhor { http://bit.ly/BDMaisescolasMenospresídios

terça-feira, 19 de maio de 2015

Sua mordida no bolo...

A vida não é doce para a maioria das pessoas no mundo. Mas, o amargo das dificuldades não tira o sorriso de quem tem em si a riqueza de amor, paz de espírito e alegria de viver. Dê sua mordida no bolo sem tirar pedaço dos outros.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Adoramos o merchadising de ativismo ambiental na novela

Há quem veja como alarmismo essa questão das microesfereras, diz o marketeiro da empresa poluidora, que decidiu não patrocinar um congresso sobre lixo marinho.
O ambientalista rebate: Não precisa ser nenhuma autoridade no assunto para ver que isso não se trata absolutamente de alarmismo. Como não era alarmismo prever que a água ia acabar se continuassem desmatando e poluindo os manaciais. Como também não era alarmismo prever que a temperatura ia subir se a emissão de gás carbônico continuasse a crescer. [....] A opinião pública hoje em dia é muito mais sensível aos alertas. E, aliás, opinião pública é um assunto que você, profissional de marketing, entende muito mais que eu.
O marketeiro minimiza: Lixo oceânico? Vocês têm de admitir que isso é vago demais.
E o ambientalista argumenta: Como? Vago? Se é vago, vou ser mais claro. Minas Gerais tem uma área aproximada de 580 mil Km2. Hoje no Oceano Pacífico, o lixo arrastado pelas correntes marítimas formou uma ilha do tamanho de Minas Gerais. Na última década, os resíduos plásticos no Oceano Pacífico aumentaram 200%, fazendo a conta sabendo que 1 garrafa pet leva aproximadamente 450 anos para se decompor...
O marketeiro tenta justificar a decisão da empresa: Contas feitas, nós chegamos à conclusão de que seria mais efetivo investir nossos recursos no lançamento dos novos produtos tarja verde.
Aí o ambientalista nada de braçada: Por melhor que sejam esses produtos, o que está feito, está feito. É claro que vocês não são os únicos responsáveis por esse desastre ambiental, mas, invés de criar uma cortina de fumaça diante das responsabildades da empresa, arregacem as mangas, tomem a frente, coloquem o nome da Brisa num congresso propositivo, compromissado com a busca de soluções reais, chancelado por cientistas e ambientalistas de ponta, isso sim vai criar para a empresa uma imagem ética e responsável.
Cena 2 do capítulo do dia 16 de maio da novela Sete Vidas com esse maravilhoso merchadising de ativismo ambiental. Veja o vídeo [clique na cena 2] { http://glo.bo/1PsqPJx


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Ser, estar e compartilhar o melhor de nós

Tratamos mal a natureza, que nos provê a vida com generosidade. Tratamos mal o ambiente em que vivemos, pelos quais passamos, nos quais nos divertimos. Tratamos mal árvores, bichos, terra, mar, o ar que respiramos. Tratamos mal as pessoas, por dinheiro, poder, ignorância, por motivos fúteis, por arrogância.
A paz começa em nós. O mundo melhor começa em nós, hoje, agora.
Grandes gestos, pequenas atitudes, ética no cotidiano. Olhar para os outros, se colocar no lugar do outro, investir nos outros. Agradecer, pedir desculpas, falar por favor. Ser, estar e compartilhar o melhor de nós.
Tictactictactictactictac... É tempo de conquistar corações e mentes para a sustentabilidade.



terça-feira, 14 de abril de 2015

O fogaréu e o rescaldo

Durou 9 dias o incêndio na Ultracargo [na área industrial da Alemoa, em Santos]. Os impactos ambientais e sociais começaram a ser noticiados  quando completou 1 semana. Peixes morrendo, combustível vazado, fumaça, fumaça, fumaça, chuva ácida se chover. 
As dificuldades para apagar o fogaréu indicam como a empresa deveria lidar com riscos para evitar a ocorrência, para não alastrar, para conter e para se relacionar com moradores, órgãos e imprensa. E a conduta protagonista seria o adequado pela gravidade da situação e pela grandeza dos impactos negativos, com prejuízos econômicos, ambientais e sociais que, no final das contas, são compartilhados com a sociedade.  
O Brasil tem uma bela e avançada legislação ambiental. Quando ouvimos ôtoridades ou empresários reclamando de licenciamento, estudos de impactos, planos de gestão de riscos e programas de ações preventivas, e vemos um desastre como o incêndio nos tanques de combustíveis da Ultracargo, fica fácil entender que estão errados. O plano para gerenciamento de riscos, com análises quantitativa e qualitativa, com classificação de riscos aceitáveis e não aceitáveis, e um programa de prevenção e controle de acidentes são instrumentos que dariam à empresa as condições de seus gestores terem conduta protagonista antes, durante e depois. 
Mas, não basta ter um instrumento de gestão ambiental, tem que manter atualizado. E estando, moradores do entorno sabem o que fazer em diferentes situações, pois são treinados previamente. Possíveis impactos são anunciados para a imprensa, junto com orientações básicas de segurança, com a transparência que anula crises e dispersa alarmes falsos ou sensacionalistas pela confiança
Consultamos no site da Ultracargo a seção sobre seus programas, normas e certificações. Entre os programas está o EPA [Examine, Planeja e Aja], que "tem o objetivo de eliminar as situações de risco, estimulando o planejamento adequado à tarefa, garantindo que as atividades de rotina sejam efetuadas com fundamentos de segurança.", e ponto final. Informações sobre ações executadas ou previstas no programa? Orientações? Tem não... Considerando a periculosidade do negócio, o site deveria ser um canal dinâmico de comunicação com stakeholders, porém, não é aproveitado pela empresa para gerar valor.
A comunicação reflete a gestão de uma empresa, e a gestão determina sua reputação. Apagado o incêndio, o rescaldo cabe aos moradores. É importante que conheçam o plano de gerenciamento de riscos, as ações dos programas, que peçam diálogos efetivos. E se a Ultracargo não apresentou ainda, então, taí a oportunidade.