sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Enquanto isso, na vida real { a indústria da 'tragédia das chuvas'

Vamos que vamos transferindo nossas responsabilidades também para fenômenos naturais. Chuva castiga municípios. Chuva causa mortes. Chuva causa tragédia. Chuva mata. Ôpa, ôpa, ôpa, não é bem assim. Chove desde que o mundo é mundo, não canso de repetir.

E tenho certeza que posso também repetir ecos lógicos que já redigi sobre as tragédias anteriores causadas pela irresponsabilidade das ôtoridades eleitas para administrar e fiscalizar as administrações públicas.

As ôtoridades não efetivam alternativas para as pessoas moram em áreas de risco, não fazem projetos técnicos para captar os tão divulgados recursos federais, não investem em prevenção, não preparam os municípios e seus moradores para os fenômenos naturais sazonais [que todo ano ocorrem na mesma época, só que agora a cada ano mais fortes]. As pessoas ocupam encostas, fazem das margens de rios o quintal de suas casas, desmatam, desafiam a geologia, a lei da gravidade, a lógica do retorno, fazem o que querem do jeito que podem. Está criada a indústria da 'tragédia das chuvas'.

Ôtoridades, e também empresários, são capazes de desviar dinheiro público destinado à 'tragédia', mas, são incapazes de trabalhar na decência de fazer o certo [antes, com planejamento, na técnica, com a tecnologia disponível, com educação para a população]. E as ôtoridades ainda faturam a cada 'tragédia' com suas aparições para anúncios de verbas e mais verbas [que não chegam nunca, vão para um ou dois estados conforme a vontade de ministro ou são simplesmente desviadas], com frases de consolo, lamentação e, claro, reclamações e promessas.

Terminei de escrever, abri o Globo on line e tá lá um reclamando do outro: http://oglobo.globo.com/rio/secretario-obras-de-recuperacao-da-br-356-foram-malfeitas-3591334

Nenhum comentário:

Postar um comentário