"Nenhum dos três é inocente", diz seu Pezão, o governador do estado do Rio, sobre o engano que se "descobriu" em relação ao acusado de esfaquear o médico ciclista na Lagoa. A delegacia de homicídios tinha encerrado o caso depois de apresentar um jovem de 16 anos como autor do crime. Pois bem, outro jovem também de 16 anos confessou participação no crime, inocentou o rapaz acusado e identificou como o esfaqueador um adolescente de 15 anos que já estava detido.
Não é assim que se faz quando se quer confiança da sociedade. Arrumar um bode espiatório para dar uma resposta que pareça satisfatória, na verdade, quer dizer que não há intenção em responder aos problemas com as soluções devidas. O seu Pezão acha que a solução é o legislativo e a justiça alterem o código penal para que menores infratores sejam punidos. Está errado, está transferindo responsabilidades, jogando para a torcida, desviando sua figura do foco. Não faltam punições para jovens infratores, o que falta é governadores e prefeitos cumprirem a lei e garantirem as estruturas para que o sistema funcione e recupere, reeduque, prepare para a vida produtiva, desperte habilidades e empatias.
Os governadores do Rio não são inocentes nessa velha história da violência no estado e da captação de crianças e adolescentes por criminosos. E antes de julgar quem quer que seja, o seu Pezão devia tomar uma boa de simancol. Então, por favor, em qualquer lugar do Brasil em que você more, acredite: + 1 na escola, - 1 no crime!
A redução da maioridade penal não resolve o problema da violência nem aqui nem na conchinchina. O que resolve é exatamente o que não é feito e precisamos exigir que seja, investimentos nas estruturas previstas em lei para punir jovens infratores e nas políticas públicas que previnem envolvimento de crianças e adolescentes com o crime. Saiba mais, entenda melhor { http://bit.ly/BDMaisescolasMenospresídios
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